Breve mesmo.
Para quem não acompanhou pode-se
ver um pouco sobre a marcha aqui (1) e sobre seu incidente com a Igreja
Católica aqui (2).
É interessante que a marcha defende a liberdade feminina ao mesmo tempo em que promove uma forma de se vestir
que é o sinal da submissão feminina como objeto de desejo masculino. Uma marcha
sobre “a liberdade de se vestir como se quer” seria algo como a Marcha do Moletom,
e não esta. Mulheres de pijama, sem maquiagem e com roupas folgadas pedindo
respeito e solidariedade a todas as mulheres, inclusive nos temas graves como a
violência doméstica e sexual.
Mas da forma como foi, a marcha
agradou aos homens (machistas).
Para mim soou tão contraditório
quanto uma marcha de escravos ostentando as algemas para dizerem que são
livres, gritando que usam as algemas quando querem.